A série de mangá mais vendida Gigante Azul, criado por Shinichi Ishizuka, foi exibido de 2013 a 2016 com uma série de sequências de mangá, recebendo uma tradução para o inglês pela Seven Seas Entertainment. Contando a busca obsessiva de um grupo de jovens para alcançar a excelência e o reconhecimento da música jazz em Tóquio, o mangá foi adaptado para um novo filme de anime de mesmo nome, dirigido por Yuzuru Tachikawa, que anteriormente dirigiu o popular anime. Máfia Psico 100. Lançado na América do Norte pela GKIDS, o filme é uma celebração do poder inspirador da música e das amizades forjadas no meio da união de forças em prol de uma causa comum.
O adolescente prodígio do saxofone Dai Miyamoto viaja para Tóquio depois de terminar o ensino médio para se tornar um músico de jazz sério e imediatamente decide formar um conjunto de jazz. Fazendo amizade com o mestre pianista Yukinori Sawabe e o baterista amador Shunji Tamada, Dai forma um trio que aprimora suas habilidades musicais e começa a agendar shows em pequenos clubes e bares da capital japonesa. À medida que a popularidade da banda cresce, eles conseguem performances cada vez maiores e mais proeminentes, enquanto resistem às provações e tribulações inesperadas que advêm de estar em uma banda.
Correndo em pouco menos de duas horas, Gigante Azul nunca parece que se arrasta, apesar de sua premissa relativamente simples e abertura simplificada, com Dai viajando para Tóquio logo após o início do filme. Esse ritmo permanece pelo restante do filme, com o filme empregando montagens para construir um senso de progressão e saber quando colocar um flashback oportuno ou um flash-forward ocasional para expandir a narrativa e atingir as principais batidas emocionais. Blue Giant é definitivamente um filme emocionante, com uma montanha-russa de reviravoltas que trazem triunfo e tragédia para a banda de Dai à medida que eles sobem aos holofotes e se tornam mais unidos como um conjunto de jazz.
Os cenários de jazz melhoram e ficam mais ambiciosos à medida que o talento musical dos personagens se torna mais refinado. Os shows anteriores e quando Dai toca saxofone sozinho não são tão estimulantes para o público que pode não gostar particularmente do gênero jazz. No entanto, o cenário climático é uma verdadeira aula magistral na construção de uma sequência musical compacta que proporciona uma mistura emocionante de emoções, tanto vitoriosas quanto melancólicas, assim como o jazz.
O estilo de animação combina com o estilo artístico empregado por Ishizuka, especialmente com os designs dos personagens do filme, criados por Yūichi Takahashi. A única vez que a animação falha é em sequências musicais ocasionais, quando a banda assume uma animação CG em vez de um estilo mais tradicional, provavelmente para fazer seus movimentos parecerem mais fluidos. Há momentos em que a animação se torna muito mais abstrata à medida que a banda é consumida pela música, e esses desvios no estilo de animação se mostram muito mais eficazes do que as mudanças de CG.
Tecendo uma bela história de amizade impulsionada propulsivamente pela música jazz, Gigante Azul deixa orgulhosa a série de mangá favorita dos fãs de Ishizuka. Não é preciso estar familiarizado com o mangá para curtir e apreciar Gigante Azul. Ele fornece um ponto de acesso suficiente para o público, reunindo habilmente sua história de fundo à medida que cresce. Maravilhosamente trazido à vida em um conto conciso que é, em momentos separados, comovente e comovente, Gigante Azul é uma adaptação fantástica e um filme de anime sólido.
Dirigido por Yuzuru Tachikawa, Blue Giant é distribuído pela GKIDS.
